É um amor que vive dentro de mim, pulsa nas minhas veias,
extravasa no meu olhar, na minha respiração ofegante quando estou preocupada
com ele. Se me afastei por um tempo, foi para que a saudade, ou simplesmente a
curiosidade pudesse nos reaproximar. Mas eu contei cada mês, cada dia e cada
hora, esperando a hora conveniente para me reaproximar.
No início, me surpreendeu, eu nunca o esqueci, sempre quis
que ele voltasse, mas nunca acreditei de fato, que ele um dia fosse voltar.
Voltou, cheio de tesão e entusiasmo, como só tinha visto no início, logo quando
o conheci. Mas já se passaram três meses, e eu estou vendo o passado se
repetir. As mesmas frases: −Daqui para lá, a gente combina. / −Eu ligo para você. / E eu sempre fico a ver navios. De tanto
esperar, quando dei por mim, eu já estava implorando para ficar com ele, coisa
que eu disse que não iria mais fazer nessa segunda fase, talvez eu não fui
muito boa aprendiz da minha pombagira. Eu fiz errado e por fim, está tudo
errado.
Ah, mas eu não sou feita de açúcar não, e contra esse mal eu
já estou vacinada. Não vou fazer escândalo na frente da fábrica, e nem vou
ligar para os nossos amigos para obter notícias. Eu sei o que devo fazer,
voltar minha cabeça para o que realmente interessa, poxa, tem tanta coisa boa
acontecendo na minha vida agora. E fora que eu sou bonita, interessante, posso
botar uma fila de homens na frente dele se eu quiser. Mas e os sentimentos
ficam aonde?
Se é ele quem eu quero de verdade, conto os dias da folga
dele, para quando chegar o dia da folga, eu notar o desinteresse, a forma de se
pronunciar, a mensagem seca, fria.
Eu vou tentar me desligar, mas será que eu vou conseguir? Se
tantas vezes eu dei as costas, mas não consegui dar um passo a frente, sempre
olhando para trás, para esse amor que eu tanto amo, e que parece que quanto
mais eu amo, mais despreza, não é bem um desprezo, é um desleixo, como se
tivesse pouca importância.
Eu sei que quanto mais eu quero, mais vaidoso e tranqüilo ele
fica. Quanto mais eu procuro, menos ele quer. Quanto mais eu incomodo, mais
chato fica para ele. Perde a graça, o tesão da conquista, porque não há uma
conquista. Eu sei mais ou menos como funciona a mente de um homem, mas como
controlar meus sentimentos se eu o amo tanto? Palavras são indescritíveis para
demonstrar o meu amor.
Por isso, finalizo o
meu texto aqui.
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