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sexta-feira, fevereiro 03, 2012

A Certeza de Um Não ou a Angústia de Um Talvez

Como acabar com a dúvida se deve mudar ou não de emprego?


Querido diário, o que será pior a certeza de um não ou a dúvida de um talvez? Um não despedaça o coração, mas encerra tudo de vez. Um talvez te faz viver na pura ilusão, mas também traz o prazer adocicado de uma doce mentira. Um não te entristece, mas te amadurece. E um talvez, sinceramente, só te faz perder tempo.

Eu tinha certeza que Daniel era louco por mim, poxa, afinal era ele quem me comia com os olhos na universidade, me paquerava descaradamente aonde me via, foi ele que marcou encontro comigo.

Mas de repente o cara sumiu. Começou a adiar o nosso encontro por motivos banais, disse que quando desse pra gente se ver, me avisaria. Esperei sentada, deitada e nada.

Tenho o número de telefone dele, mas nunca tomei a liberdade de ligar. Talvez falta de coragem, evitar ser grudenta, não demonstrar que tô tão afim, enfim, nunca liguei pra ele, e nem me arrependo disso. Mas mandei umas 3 mensagens que ele nunca respondeu.

Eu tenho ou tinha um tesão imenso por Daniel, desejo avassalador, uma atração tão forte quanto uma chuva no temporal. E a cada dia que passava, a presença ausente dele na minha vida me deixava ainda mais atiçada, excitada. Mas o grande problema é que era fogo demais pra ninguém apagar. Já não estava mais podendo conviver com essa situação.

Muitas e muitas vezes eu pensei e analisei, tentei entender o porquê que Daniel sumiu. Às vezes eu pensava que ele tinha muitas mulheres e não tinha tempo pra mim, pensava que ele já tinha percebido que eu tava na dele e ficava fazendo esse joguinho de morde e assopra pra me deixar mais louca, pensava que ele não queria mesmo nada comigo e só me chamou pra sair num momento de carência, cheguei até pensar que ele poderia não ter me chamado mais pra sair por falta de dinheiro.

Eram inúmeras possibilidades, nenhuma correspondência, nem as mensagens que eu enviava, ele respondia.

Essa semana quase enlouqueci de tanto desejo, e o fato de não ter Daniel na minha cama, nas minhas mãos, me estressava. Tão agitada fiquei que nem consegui estudar para uma prova, acabei faltando, adiando para a segunda chamada.

Epa, aí o problema amoroso, já tava se expandindo, atingindo também o meu campo acadêmico. Eu tinha que resolver essa situação. Eu já estava decidida a transar com Daniel em poucos meses se ele me aceitasse, ou tirá-lo de vez da minha vida se ele não me quisesse.

Mas ainda tinha o problema de arranjar coragem para colocar Daniel contra a parede. Poxa, se eu falasse com ele tiraria toda essa história a limpo, iria saber realmente o que ele quer, deixá-lo ciente também do que eu quero, talvez ficaria mais aliviada. Mas com certeza também iria soar ridículo eu ir perguntar a Daniel se ele ainda me quer, fala sério, que mico. E ainda por cima estaria pressionando o rapaz, e nada com pressão presta. E além do mais perguntar o que já estava visível? É claro que ele não me quer.

Ficando quieta, calada, na minha, eu provavelmente estaria me poupando de futuros aborrecimentos, afinal, é melhor calar a boca do que falar merda. Mas se eu não fizesse essa pergunta eu iria continuar na dúvida, na agonia de querer um homem na sua cama que poderia estar lá, mas que por algum motivo não está.

Estufei meu peito de coragem e fui fazer a pergunta a Daniel.

Comecei a conversar outros assuntos com ele, a conversa tava fluindo tão bem que eu quase desistia de fazer essa pergunta decisiva naquele momento. Mas um anjinho me espetou do lado, me ordenando: −Não fuja, Garota de Várias Faces, faça a pergunta!

Eu disse:

−Daniel, eu preciso falar de um assunto muito sério com você.

−Falaê

−É que você disse que a gente ia sair pra se conhecer melhor, e isso tem mais de um mês. Então eu quero saber se você ainda quer alguma coisa.

Mais uma vez ele tentou me enrolar, mas não, diário, eu não permiti.

−Eu já tinha esquecido, quando der eu te falo.

Ele quis fugir da obrigação de dar um não com todas as letras. Mas empurrei ele mais um pouquinho contra a parede.

−Eu não quero saber quando é, Daniel, isso não é o problema. Eu quero saber se você ainda quer, e se quer mesmo, porque nunca mais falou nada, se não quiser, pode falar na boa, é melhor do que eu ficar na dúvida.

Ele me disse o seguinte:

−Sinceramente, nesse momento eu não quero não.

Doeu? Claro que doeu, mas tava doendo bem mais a angústia do talvez do que a certeza desse não.

Perguntei ainda:

−Tem outra pessoa, é? Ou sou eu que não faço o seu tipo?

−Nem uma coisa, nem outra.

−E o que é, então?

−Não é nada.

−Tá bom, eu me conformo muito mais com um não do que com um talvez, obrigada por ter sido sincero, pena que não quis ter sido mais sincero a ponto de me dizer o que foi.

...

...

O motivo eu sei muito bem, estava tão claro quanto a resposta do não. Acontece, que eu não faço muito o tipo dele, e ele me chamou pra sair num momento de carência. Deve tá cheio de gostosas na área, e ele jovem, bobo, não sabe dar conta de todas, e me dispensou assim, sem ao menos experimentar o boquete maravilhoso que eu tinha pra oferecer... só lamento por ele (risos).

Enfim, diário, eu também lamento por nunca saber se aquele volume que ele carrega dentro do short é verdadeiro, nunca saber como é o beijo dele, a presença dele. E sem falar da minha virgindade, eu pretendia perder com ele, já me sentia pronta. Porque eu tinha encontrado um cara em que eu unia afeto e tesão, coisa que aconteceu raras vezes na minha vida, uma com Herivelton há 3 anos atrás, e outra com Miguel há alguns meses atrás. Até quando eu vou carregar esse fardo (sinceramente um fardo) chamado virgindade. E não é só a virgindade de sexo não, é a virgindade de amor, de companhia, de ter e viver um amor verdadeiro. Esse sonho foge de mim.

Mas sei também que é muito melhor não ficar, do que ficar com uma pessoa não te deseja, que está ali por obrigação, por pressão. Eu também não preciso disso, baby, eu preciso de um homem que também goste de mim, me faça sentir amada e desejada, que me satisfaça incansavelmente e não que fique adiando encontro, guardando o fogo na geladeira. Eu não preciso de Daniel, não.

Mas sei também que Daniel é inconstante, que eu sou muito bonita, eu tenho certeza que ele ainda vai me querer, que eu ainda vou seduzi-lo. Basta aí eu ser esperta e agir igualzinho: dispensá-lo sem beijinho, sem encontro, sem chances.

4 comentários:

  1. oi, Garota. Eu ri com esse texto. Não estou rindo da sua dor e decepção. é que a hist´ria ficou suave e envolvente a cada linha. Gosto como vc coloca as palavras, fica um texto natural. Dá pra imaginar até sua cara pensando no Daniel. Esse cara deve ser um "bocó" por ter deixado vc. Espero que consiga encontrar outro que te valorize...Não vou resistir: da próxima vez vc vai conseguir ver o volume do cara.kkkkkkk...abraços!
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    blogestarcomvoce.blogspot.com

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  2. o cara é esperto. ñ sabe da roubada que escapou. mas algo ativou o sexto sentido dele a tempo...hehe
    já pensou uma mina carente te cobrando amor eterno p/ ter perdido o cabaço de ouro contigo???tá loko
    essa minas são problemáticas e vingativas

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  3. daniel rima com miguel! será que vai acontecer de novo? será garota de várias faces?
    beijogro

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  4. Menina, me vi neste texto, não pela parte da virgindade, sempre fui tranquila quanto a isso e aconteceu naturalmente. Esse talvez você já sabia que era um não, mas precisava ouvir dele.Hoje você diz sobre ele te desejar um dia, amanhã você ira pensar:"Foi por ele que eu me encantei um dia?"Essas experiências fazem parte da vida.

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