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quarta-feira, julho 03, 2013

Quinze Dias Depois

 



Querido diário, os dias vão passando, as lágrimas vão secando, o tempo passando e levando consigo as lembranças. Lembranças de dor, amor, paixão. Ah, se não fosse ele, eu só teria boas lembranças do meu estágio. Mas eu fui me arriscar, me relacionar, e o pior de tudo, cometi a burrice de me apaixonar, fruto da minha imaturidade. Mas se é quebrando a cara que a gente aprende a viver, eu estou aprendendo.
Eu fui ao forró, 3 noites, dancei muito, bebi todas, beijei um homem que me fez bem, que me fez por um momento esquecer todos os problemas.
Quinze dias depois as coisas vão se resolvendo, o fogo na fogueira vai diminuindo, Giovanni que não me atendia o telefone, e eu furiosa xingava, ofendia e fazia escândalos, agora ele me atende, conversa normal, até com risadas como amigos, colegas de trabalho, e eu também não brigo mais, não xingo, e respiro antes de falar.
Agora que eu já estou melhorzinha, ele vem me dá a explicação que eu tanto queria, na verdade, eu só queria uma explicação, se ele tivesse me dado, eu não teria xingado, ofendido e nem o difamado, mas ele preferiu ver a bomba explodir, eu sou uma bomba.  Ele me disse que parou de me atender o telefone por insegurança, porque eu queria perder a virgindade naquela semana e ele se sentiu inseguro, resolveu dar um tempo.
Ah, é? E eu que me lascasse com as minhas dúvidas, passando a semana ligando sem saber se ele estava com algum problema ou se o problema era eu. Eu que esperei um telefonema, uma mensagem ao menos no dia do meu aniversário, só me decepcionei.
Neste dia eu liguei para ele e conversamos normalmente, demos risada, falamos do ambiente e colegas de trabalho, a conversa tava até boa até falarmos de relacionamento para a discórdia ser semeada.
Ele foi extremamente sincero e cuspiu tudo que pensa ao meu respeito, disse que eu não sou uma pessoa humilde, por ter chamado a ex-namorada dele de morta de fome e interesseira, por ter dito que o carro do meu pai era melhor que o dele.
Eu sou sim uma pessoa humilde, o meu diário bem sabe. Eu não tenho problema nenhum em me relacionar com pessoas de uma classe mais baixa que a minha, porém, essa mulher que eu chamei de “morta de fome” era a mulher que o meu homem gostava, que ele passou 3 anos, e que eu nem sabia se havia mesmo terminado, o jeito era confiar e ponto final. Se ela fosse feia, eu a chamaria de feia, se ela fosse burra, a chamaria de burra. Afetaria o ponto fraco que ela tivesse, não teria a chamado de morta de fome se não tivesse ciúmes dela.
O fato de eu ter falado que as condições dos meus pais era melhor que a dele, foi só uma forma de provar que eu não tinha outros interesses, a não ser, amorosos.
Mas isso doeu em Giovanni, para ele eu não presto, sou bruta e soberba.
E ainda disse mais, pelo fato de eu ter colocado nas redes sociais que estava cansada de homem mole, insinuando que esse homem mole era ele, ele me disse: Por que você não colocou que eu fazia você gritar? ... que tinha que ficar tapando a sua boca para os vizinhos não ouvirem...
Eu nunca ouvi Giovanni falar assim comigo. Mas por um lado foi bom ter tido essa conversa franca cheia de sinceridade, eu precisava disso.
Também desabafei falei dos dias em que passei ligando para ele, buscando uma explicação por todo aquele desdém. E ele não me atendeu, numa falta de respeito tamanha de não atender o telefone.
Falei para ele que no meu aniversário, tantas pessoas me ligaram e a mais importante não me ligou, que era ele.
Falei que passei mais de 15 dias sangrando pelo efeito colateral do remédio, e ele sabia disso, e nem se importou com o meu estado sensível de saúde. O remédio ajudou, mas quem me curou foi Deus e a minha Mãe das Águas Doces. Mas ainda estou visivelmente magra pelo problema de saúde que eu tive.
Falei que nunca exigi um relacionamento sério, apesar de querer, o que mais me importava era estar com ele, era fazer amor com ele, perder a virgindade com uma pessoa que eu gostava, que mexia com a minha emoção.
Enquanto eu falava tudo isso, ele permanecia calado. Quando Giovanni fica calado é por algum dos 3 motivos: está com raiva, não tem certeza do que vai dizer ou está errado. Era a terceira alternativa.
E permaneceu calado, no final da conversa, deu meio que uma esperança de voltarmos, ele disse que não tem nada para dizer, que não se sente a vontade para falar, pelo menos POR ENQUANTO, depois de tudo que aconteceu.
Finalizei dizendo que estava com saudades e desliguei o telefone.
Um dia depois, mandei uma mensagem perguntando se poderia adicioná-lo novamente no face. Eu que pensava que ele nem iria responder, tomei um susto quando ele respondeu o seguinte: − Pode, gosto de conversar com você.
Isso me fez pensar que há uma luz no fim do túnel, uma esperança de voltarmos, que isso é raiva de momento e vai passar.
Mas será que vale a pena voltar com uma pessoa que me fez tanto sofrer, que eu nunca senti reciprocidade desde o início.
E desde então não sei se devo tentar reatar ou se devo esquecer. Eu gosto dele, minha maior vontade é estar com ele, mesmo que sendo apenas como amante. Mas se apaixonar é uma merda, a gente acha que está tudo sob controle e quando ver está totalmente dependente da pessoa, só fica bem se estiver bem com ela, penso que a merda está feita e devo parar por aqui, para que a merda não fique maior.
Porque dói hoje, dói amanhã, mas depois de amanhã vai doer menos, uma hora o tempo vai secar sua lágrima, e você vai se acostumar com a ausência daquela pessoa que era o seu tudo.
E ainda por cima, já sei quem é a namorada que ele tinha (ou tem) aqui. Uma das meninas mais bonitas do bairro. Castigo pior eu não pude ter. Para aumentar minha dor de cotovelo é uma loira de profundos olhos azuis e de um corpo bonito. Não tenho certeza se é ela, mas todas as evidências apontam.
Deixa o tempo passar, o meio vai dar o conforto ao meu coração.

Um comentário:

  1. Passar por tudo isso o que está passando, em buisca de um amor que realmente valha a pena é suicídio. Lembre-se que a vida é que nem um jogo de video-game: nunca se deve passar para a próxima fase, sem antes explorar bem a fase em que está. Ser feliz não quer dizer ter alguém. Feliciade é um estado profundo de espírito.

    Depois passa lá:

    http://thebigdogtales.blogspot.com.br/2013/07/sindrome-do-panico.html

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